sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, por meio da Secretaria de Promoção Social e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, convida para o “II Seminário de Enfrentamento à Violência contra a Mulher”.
Dia: 06 de dezembro de 2011
Programação:
13h – Abertura e credenciamento
13h 30 min. – Apresentação cultural
14h – Palestra –”Uma  Abordagem Subjetiva da Violência” 
Palestrante: Silvane Vasconcellos de Santana – Psicóloga-Delegacia de Mulheres-BH
15h 30min. –Palestra –” A importância da interlocução da Polícia Civil com a Rede”
Palestrante: Margaret de F. Assis Rocha  – Chefe da divisão de atendimento à Mulher, Idoso e Deficiente da Delegacia de Mulheres – BH.
16h 30 min. – Café
17h – Apresentação do Projeto “Dialogar” - Drª Silvane e Drª Margaret
18h - Encerramento
Local: Instituto Cultural Cia Bella de Artes - Rua Prefeito Chagas, 305 –PL  Centro - Edifício Manhattan – Poços de Caldas-MG
APOIO – Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, SESC – Polícia Civil, Instituto Cultural  Cia Bela de Arte

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

Caio Fernando Abreu