segunda-feira, 26 de novembro de 2012

25 de Novembro- Dia Internacional da Luta contra a Violência sobre a Mulher


No dia 25 de novembro de 1960 foram assassinadas Antonia, Minerva e Patria Mirabal, três irmãs moradoras da República Dominicana, país este, que vivia na época o regime do ditador Rafael Trujillo. As irmãs formavam o grupo Las Mariposas, grupo de oposição ao regime do ditador, sendo esta apontada a maior causa de suas mortes.
E foi em meio à luta feminista que em 1981, no 1º Encontro Feminista Latino Americano Caribenho, em Bogotá, o dia 25 de novembro foi definido como dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.
A violência contra as mulheres assume muitas formas – física, sexual, psicológica e econômica. Estas formas de violência se inter-relacionam e afetam as mulheres desde antes do nascimento até a velhice e, o principal motivo de tal violência não é estabelecido culturalmente, por região ou país, mas sim agregado à discriminação persistente contra as mulheres, através do machismo, gerando todo o tipo de violência. E os índices da violência contra a mulher são assustadores, pois se calcula que cerca de 70% das mulheres do mundo sofrem algum tipo de violência no decorrer da vida.
Infelizmente, o Brasil é o 7° País do mundo em morte de mulheres. Só em 2011 foram 41 mil assassinatos de mulheres em todo o País e cerca de 70 mil notificações de agressões contra mulheres, sendo que estes são apenas os números alcançados a partir das denúncias feitas. Muitas das mulheres violentadas não têm se quer coragem para denunciar o agressor, este que muitas das vezes é um vizinho, tio, primo, parceiro intimo, padrasto ou seu próprio pai.
Alguns tipos de violência, como o tráfico de mulheres, cruzam as fronteiras nacionais. Os dados são que anualmente cerca de 500 mil a 2 milhões de pessoas são traficadas por ano para além da situação de mão de obra forçada e condições análogas à escravidão, a prostituição também está inclusa, com meninas e mulheres respondendo por 80% das vítimas.
A luta das mulheres, dos movimentos sociais pela conscientização do combate a todo o tipo de violência contra a mulher é árdua e constante, interpassando do espaço doméstico, até a luta pela igualdade social, respeito e garantia de vida. Um dos maiores trunfos para o movimento de mulheres apesar da luta constante para efetivação de sua aplicabilidade foi à criação da Lei Maria da Penha (11.340/06) , que “ampara” estas mulheres violentadas, enquadrando e criminalizando o autor da violação. Esta hoje é uma de nossas maiores armas no encorajamento dessas mulheres em dar o primeiro passo rumo à libertação, o de não calar-se perante a agressão.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012




ONU aponta 241 rotas de tráfico de pessoas no país, diz senadora

Brasília - Integrante da CPI do tráfico de pessoas, a senadora Angela Portela (PT-RR) apresentou nesta segunda-feira (5) no plenário do Senado dados da ONU (Organização das Nações Unidas) que apontam a existência de 241 rotas do tráfico no país, sendo 110 relacionadas ao tráfico interno e 131 ao tráfico internacional.

A região Norte, de acordo com a senadora, tem a maior concentração de rotas, com 76 no total, seguida do Nordeste, com 69; Sudeste, com 35; 33 no Centro-Oeste e 28 no Sul do Brasil.

Ela explicou que há no país o processo completo para efetivar o tráfico, com a prática de recrutamento, transferência, transporte, alojamento ou acolhimento de pessoas para a exploração sexual, para o trabalho ou serviços forçados, de escravatura ou práticas similares à escravatura, de servidão ou de remoção de órgãos.

"Para o êxito de tal prática, recorre-se a ameaças, ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridades perante situações de vulnerabilidade, entrega ou aceitação de pagamentos a exploradores", lembrou.

A senadora informou que há relatos colhidos de pessoas que não precisam manter-se anônimas revelando que, no mercado do tráfico de seres humanos, "uma menina vale cerca de R$ 1,5 mil, para fins de exploração sexual, em Roraima. Se for menor de 18 anos e sem experiência no mercado do sexo, a menina vale ainda mais", acrescentou.

Disse ainda que as meninas traficadas, geralmente com idade entre 12 e 17 anos, são levadas para prostíbulos em Manaus ou para o Suriname.

Publicado no jornal Estadão SP, 05/11/2012.

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