segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

'Ele cavou uma cova para mim', diz mulher vítima de violência


G1 visitou abrigo onde moram mulheres ameaçadas pelos ex-companheiros.
Elas temem reencontrar os agressores e esperam recomeçar a vida


Ana Cláudia tem pouco menos de 30 anos e passou quase um terço da vida sendo agredida pelo ex-companheiro. Um dia, chegou em casa do trabalho e havia uma cova no quintal. Era uma maneira encontrada pelo ex para intimidá-la.
"[Ele] me ameaçava de morte. Teve um dia que cheguei do serviço e no fundo do meu quintal tinha um terreno e tinha um buraco onde ele ia me enterrar. Várias vezes falou que ia me matar, dar facadas, cortar meu corpo em pedacinho, ia enterrar e que ninguém ia me encontrar. (...) Ele cavou uma cova. (...) No dia que vi aquele buraco, você não tem noção de como fiquei apavorada. Eu só estou viva hoje porque eu procurei ajuda, eu fui na delegacia da mulher e eles me encaminharam para o abrigo, senão eu não estava viva hoje"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Delegacia de Atendimento Especial à Mulher



A mulher vítima de violência que não tiver condições de contratar advogada ou advogado poderá ir sozinha à Delegacia de Atendimento Especial à Mulher e ao Poder Judiciário?



É recomendável que a mulher esteja acompanha de advogado, público ou particular, para lhe prestar todas as informações jurídicas e específicas para o caso, conforme constam nos artigos 27 e 28 da Lei 11.340/2006. Contudo, a mulher pode comparecer sozinha à delegacia para relatar a ocorrência dos fatos e solicitar as medidas protetivas de urgência pertinentes ao caso descrito. Ressalte-se que as medidas protetivas podem ser pleiteadas diretamente pela mulher também ao juiz, independente de advogado ou defensor, de acordo com o artigo 19, da Lei 11.340/2006.