quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pronatec abre vagas para cursos profissionalizantes


Um dos cursos oferecidos é o de pizzaiolo, realizado no SENAC
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, PRONATEC, abriu novas vagas para cursos profissionalizantes. Os interessados em cursar as aulas oferecidas contam também com vale transporte para ir às instituições de ensino parceiras do município.
As aulas são disponibilizadas para famílias que  são cadastradas nos CRAS,  e que recebem o “Bolsa Família” ou utilizam do Benefício de Prestação Continuada, BPC. Os cursos oferecidos têm carga horária mínima de 160 horas. Estão disponíveis os cursos : manicure e pedicure; agente de higiene e beleza animal; operador de computador; higienista de serviços de saúde e pizzaiolo. Todos são oferecidos pelo SENAC.
A ação é uma das estratégias de garantia dos direitos e prevenção de riscos sociais. A medida, em conjunto com a Secretaria Municipal de Promoção Social, busca gerar independência financeira e geração de renda.
Os interessados devem realizar a pré-matricula à rua Prefeito Chagas, 317, sala 8, portando os seguintes documentos: CPF , o número de inscrição no CRAS e comprovante de endereço. Para participar dos cursos são necessários os seguintes requisitos:  ter idade igual ou superior a 15 anos; Receber o benefício “Bolsa Família” ou “BPC” ou possuir cadastro no CRAS – Centro de Referencias em Assistência Social; Possuir escolaridade exigida por curso ­– com variação entre ensino fundamental I (1ª à 6ª série) incompleto e médio (1º ao 3º) incompleto. Mais informações pelo telefone 3715-4026
Cursos disponíveis
Manhã
Tarde
Noite
Manicure e Pedicure (SENAC)
Operador de Computador (SENAC)
Pizzaiolo (SENAC)
Agente de Higiene e Beleza Animal (SENAC)
Higienista de Serviço de Saúde (SENAC)

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

http://www.pocosdecaldas.mg.gov.br/site/?p=12974

Outubro Rosa terá diversas ações em Poços

A Secretaria Municipal de Saúde organizou diversas ações a serem desenvolvidas no mês de outubro para promoção da saúde da mulher e prevenção dos cânceres de mama e colo do útero. As unidades de saúde estarão abertas para realização do exame preventivo de câncer de colo de útero (Papanicolau) e exame clínico das mamas, além de agendamento de mamografias. As unidades terão horário estendido no dia 16 de outubro, até às 20h. No dia 19, sábado, quatro unidades de saúde estarão abertas, nas quatro regiões da cidade e no dia 11, acontece a panfletagem no centro da cidade.
Para lembrar a data, o Cristo Redentor, no alto da Serra de São Domingos, ficará em tom de rosa e o site da Prefeitura também já está nas cores da campanha.
O publico-alvo são mulheres de 25 a 64 anos que têm ou já tiveram atividade sexual, para  o exame preventivo (papanicolau), que deve ser feito uma vez ao ano. Mulheres com 40 anos ou mais devem ter suas mamas examinadas por um profissional de saúde anualmente e realizar mamografia uma vez ao ano. Mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia a cada dois anos.

Confira a programação do Outubro Rosa em Poços de Caldas:
-11/10/13- Panfletagem de 13h às 17h- Rua Assis Figueiredo esquina com Prefeito Chagas

-        19/10/13 – Dia D – Unidades de saúde abertas ao público das 08:00 às 17:00h.
* Hospital Zona Leste
* Regional Sul
* UBS Centro
* UBS S. Jorge
-        16/10/13 –  Todas as unidades básicas de saúde  (PSF e UBS) abertas ao público em horário estendido até às 20:00h.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Estados implementam medidas para garantir segurança de mulheres vítimas de violência

http://www.luziaferreira.com.br/estados-implementam-medidas-para-garantir-seguranca-de-mulheres-vitimas-de-violencia-domestica/?utm_source=e-goi&utm_medium=email&utm_term=Novas%20medidas%20podem%20garantir%20seguranca%20de%20mulheres%20vitimas%20de%20violencia%20domestica&utm_campaign=Luzia%20Ferreira


      Estados implementam medidas para garantir segurança de mulheres vítimas de violência  
Famílias amedrontadas e mulheres ameaçadas podem já contar com um avanço inédito doEstado de Minas Gerais contra a violência doméstica. Desde 8 de março deste ano, Dia Internacional da Mulher, Minas decidiu monitorar com tornozeleiras eletrônicas e 24 horas por dia, agressores enquadrados na Lei Maria da Penha (Lei 11.340).
A relatora da Comissão Especial de Estudos da Violência Contra a Mulher, deputada estadual Luzia Ferreira (PPS), afirma que, muito mais importante do que a mulher se sentir encorajada a denunciar o seu parceiro, o que já é um grande avanço, são as novas medidas implementadas para combater essa violência doméstica que inibem, ainda mais o agressor.
“Além de ser pioneiro nesse tipo de medida, o Governo de Minas instalou um monitoramento bastante eficiente que proporciona segurança às mulheres e agilidade no combate ao crime doméstico. Outro ponto interessante é a adoção da tornozeleira como substituição da prisão preventiva do agressor. Assim, o indivíduo pode continuar trabalhando, frequentando atividades socioeducativas e tendo a oportunidade de mudar seu comportamento”, completa Luzia.
tornozeleira instalada nos agressores é semelhante a um relógio de pulso e pesa aproximadamente 160 gramas. O monitoramento funciona assim: os agressores utilizam oequipamento eletrônico, enquanto as vítimas carregam um dispositivo móvel semelhante a um celular. Quando o aparelho detecta a aproximação do acusado, ele vibra e emite sons de alerta.
De imediato, os dois recebem contato telefônico da central de monitoramento, que fica responsável de acionar a Polícia Militar. Além disso, o aparelho possui um sistema que, em caso de rompimento ou dano, a informação será enviada e registrada pela central de monitoramento, que avisará às polícias Civil e Militar. Mais de 329 homens já utilizam o aparelho em Minas Gerais.
O monitoramento impede a aproximação das vítimas a uma metragem definida pelo juiz, de acordo com medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. A iniciativa começou em Belo Horizonte e se expandiu para a região metropolitana e o objetivo é que, nos próximos anos, a medida chegue ao interior do Estado. A meta é de que até 600 dispositivos sejam usados para a vigilância de agressores nos próximos cinco anos.
Programa de Monitoração Eletrônica substitui a prisão preventiva e é executado pelas Varas Especializadas em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria do Estado de Defesa Social (SEDS), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, oMinistério Público, a Defensoria Pública e as Polícias Militar e Civil.
Botão do Pânico
Outro mecanismo de proteção para combater os altos índices de violência doméstica foi adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJ-ES). O Botão do Pânico é um dispositivo lançado, neste ano, em parceria com a Prefeitura de Vitória e tem o objetivo de reduzir a violência registrada na capital cometida por ex-maridos, namorados ou companheiros.
O equipamento já foi distribuído para 100 mulheres que vivem sob medida protetiva da 11ª Vara Criminal de Vitória. Com funcionamento simples, caso o agressor não mantenha a distância mínima garantida pela Lei Maria da Penha ou caso a mulher sinta-se ameaçada, o equipamento, que conta com um chip de telefonia, ligado via GPS, pode ser acionado pela mulher que o carrega consigo, pressionando o dispositivo por cerca de 3 a 4 segundos. Além disso, o dispositivo capta e grava a conversa em uma distância de até cinco metros, que poderá usada como prova judicial.
Outra função do Botão do Pânico é disparar informações para a Central Integrada de Operações e Monitoramento (CIOM), identificando a localização exata da vítima, para que um dos carros daPatrulha Maria da Penha seja enviado imediatamente ao local. Visando um atendimento mais ágil, a administração municipal também disponibiliza viaturas da Guarda 24 horas.
Em 2013, foram solucionados quatro casos através do dispositivo, sendo três agressores presos em flagrante, o que torna o crime inafiançável. O custo do aparelho é de cerca de R$ 160,00 cada, o dispositivo mede 64 mm por 46 mm por 17mm, e pesa no máximo, 50 gramas, fazendo com que a mulher possa carrega-lo no próprio bolso.
Piauí adota Botão do Pânico
Em novembro deste ano, o Estado do Piauí adotará o Botão do Pânico para as vítimas deviolência familiar e doméstica. A implantação do dispositivo será feita inicialmente nos municípios de Teresina, Parnaíba e Picos. Os dados que levaram o Piauí a implantar o sistema, se deram através de um levantamento feito pela Corregedoria Geral no qual mostrou que 92% das violências contra mulheres aconteceram nos lares e, em Parnaíba, este número chegou a 43%.
Ranços X avanços
Em Vitória, uma doméstica de 27 anos foi espancada pelo ex-marido durante uma hora e meia. Assim que as agressões começaram, a vítima acionou o botão do pânico, mas o aparelho falhou. Ela continuou sendo agredida por tapas, golpes de toalha molhada e madeira, até que vizinhos chamaram a Polícia Militar.
A doméstica acionou o botão assim que levou o primeiro tapa, mas o dispositivo não funcionou. Depois de encaminhada para exames de lesão corporal, a vítima voltou para casa e o agressor apareceu novamente. Os PMs tentaram negociar a rendição dele, mas não tiveram outra escolha a não ser arrombar a porta e capturar o rapaz.
De acordo com a deputada Luzia Ferreira, quanto mais medidas que visam combater asagressões físicas contra as mulheres melhor, porém, é importante que esses mecanismos sejam eficientes e não causem danos a vida da vítima. “Nós já sabemos que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no Brasil. Por isso, esse tipo de medida não pode falhar, os números são assustadores”, ressalta Luzia.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Medidas protetivas salvaram mais de 180 mil mulheres no país

Para a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o número pode dobrar nos próximos anos

A expedição de medidas de proteção de urgência para mulheres em situação de risco de violência já salvou mais de 180 mil pessoas no país, segundo levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, esse número pode dobrar nos próximos anos.
“Quanto mais rápido o juiz expedir a medida, mais mulheres são salvas”, disse a ministra em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A medida protetiva estabelece obrigações e regras a serem seguidas pelo agressor no intuito de socorrer a vítima, como uma distância mínima de segurança e o afastamento da casa – nos casos em que o agressor mora com a vítima.
O recurso definido a partir de depoimentos, sem a necessidade de uma audiência com as partes, tem funcionado como complemento às ações de combate à violência contra a mulher praticada no país.
A principal bandeira do governo federal tem sido a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Recentemente, algumas parcerias firmadas com os governos estaduais possibilitaram a criação de um novo programa intitulado Programa Mulher, Viver sem Violência. Eleonora Menicucci lembrou que a iniciativa, lançada há pouco mais de um mês, terá um investimento inicial de R$ 265,8 milhões para a construção de centros chamados Casa da Mulher Brasileira em todas as 27 capitais.


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Projeto eleva penas para violência contra a mulher


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 5097/13, que eleva as penas previstas no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para os casos de violência contra a mulher. Pelo projeto, nesses casos, o ofensor ficará sujeito à detenção de seis meses a três anos. Atualmente, o código determina detenção de três meses a um ano.
De autoria da deputada Aline Corrêa (PP-SP), a proposta também deixa explícito no Código Penal que, nos casos de violência doméstica, a ação da Justiça independe de queixa. De acordo com a deputada, essa alteração visa a adaptar o código à decisão do Supremo Tribunal Federal.
Incoerência
Aline Corrêa explica ainda que sugestão de mudança na legislação surgiu na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mulher. Aline Corrêa assinala que até a edição da Lei 10.886/04, que inclui a violência doméstica no Código Penal, as penas eram de seis meses a um ano de detenção para o crime de lesão corporal. A partir daí, a mínima caiu pela metade. Com a Lei Maria da Penha(11.340/06), conforme lembra, a pena máxima foi elevada para três anos, mas a mínima permaneceu em três meses.
Assim, segundo ressalta, a pena mínima para lesão corporal em situação de violência doméstica contra a mulher passou a ser a mesma do crime de lesão corporal comum. “O resultado é que as condenações pela Lei Maria da Penha passaram a ser muito próximas das condenações pelo tipo básico, o que representa uma distorção”, afirma.

Aline Corrêa

terça-feira, 30 de abril de 2013

30 de abril - DIA NACIONAL DA MULHER!





Mulheres de todas as raças, de todas as cores, de todas as idades, de todos os credos do NOSSO BRASIL.

A Lei 6.791/1880 criou este dia, que foi sancionada pelo Presidente João Batista Figueiredo, após a mobilização de 300 mulheres em 1972 por acharem oportuno ter um dia só nosso.

Por que esta data:

JERÔNIMA MESQUITA, nascida em Leopoldina, MG, em 30 de abril, foi uma enfermeira, líder feminista, exerceu diversas atividades sociais de grande relevância para o nosso país.
De origem abastada e aristocrática, pôde ter acesso à educação e à cultura. Filha do Conde e Barão de Mesquita, títulos concedidos pelo Imperador D.Pedro II, como reconhecimento por libertar os escravos antes da Lei Áurea e outros feitos.

Era costume para a época, educar os filhos na Europa, foi o caso de Jerônima.
Quando da eclosão da I Guerra Mundial, Jerônima ingressou na Cruz Vermelha de Paris e posteriormente na Suíça. No Brasil, participou da Fundação da Cruz Vermelha, organização que dava assistência aos doentes e refugiados de guerra; dos Pequenos Jornaleiros, entidade para os meninos órfãos e da Pró-Matre, instituição para gestantes carentes.

Laços de estreita amizade com Bertha Lutz e Stela Guerra Duval, consolidaram a atuação na luta pelos direitos da mulher. Foi uma das fundadoras da FEDERAÇÃO PELO PROGRESSO FEMININO (FBPF), em 1922. Lutou pelo VOTO FEMININO, participando em 1932 deste movimento. Com mais duas companheiras, em 1934, lançaram um manifesto à nação, Manifesto Feminista.

Aos 29 anos foi responsável pela fundação do Movimento Bandeirante no Brasil, em 1919. Em 1934, com um grupo de companheiras,  fundou o CONSELHO NACIONAL DAS MULHERES (RJ).

Por ter dedicado grande parte de sua vida ao Bandeirantismo, foi condecorada com o Título "OFICIAL DA ORDEM NACIONAL DO MÉRITO" conferido pelo Presidente da República, recebeu a ESTRELA DE HONRA, a maior condecoração Bandeirante e o TAMIR DE PRATA, maior distintivo Escoteiro do Brasil.

Após a mobilização de 300 mulheres, em 1972, por acharem oportuno ter um dia nosso, além do Dia Internacional da Mulher, foi criado este dia por ser o dia do aniversário de Jerônima Mesquita.

Jerônima Mesquita é Tia-Bisavó da Poeta Sissa Schultz.
 
FELIZ DIA NACIONAL DA MULHER!



quinta-feira, 14 de março de 2013

Prefeitura realiza eventos no Dia da Mulher


A Secretaria de Promoção Social, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher realizou, na última sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, diversos eventos , no centro da cidade e também nos bairros. São palestras, confraternizações e orientações,  com destaque  para  a questão da violência doméstica contra as mulheres. A primeira-dama Claudia Lourenço eleita presidente do Conselho Municipal da Mulher, esteve presente nas comemorações, assim como a Secretária de Promoção Social, Lucia Elena Rodrigues.
Na região central, as atividades acontecem na rua São Paulo, de 14h às 16h. A rua ficou fechada ao trânsito. Houve apresentação da Banda da Polícia Militar de Poços de Caldas e também dos artistas do  Circulo de Arte. As mulheres que passaram pelo local terão ainda à disposição, orientações no Posto de Atendimento da  Defensoria Pública.
Nos bairros, as atividades foram concentradas nos CRAS, nas regiões leste, oeste, sul e centro, também no horário de 14h às 16h
A Secretaria Municipal de Saúde estava oferecendo exames de prevenção do câncer de colo de útero e solicitação de mamografia, também na sexta-feira, das 16h às20h,  na Fungotac,  localizada à rua Santa Catarina, 321.
À noite,  a partir das 18h, houve orientação voltada às universitárias da PUC Minas, Campus Poços, com o evento ‘Convite ao Pensar’, enfocando tema alusivo às mulheres e apresentações musicais.
Já no sábado, dia 9, as orientações aconteceram na zona rural, na Escola José Avelino de Melo, na Fazenda Lambari, com apresentações de teatro e música e um bate-papo sobre  ‘As conquistas da Mulher’, promovido pelo CRAS Rural.
Além de entretenimento, as mulheres  receberam rosas artesanais   (confeccionadas por mulheres assistidas nos programas sociais do município)  e panfletos  com orientações sobre a violência doméstica. Este foi também um momento para refletir sobre a condição atual da mulher na sociedade. Os eventos programados pela Prefeitura foram realizados com apoio do SESC, Policia Militar de Poços de Caldas, PUC Minas, Defensoria Pública e Secretaria Municipal de Turismo.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dia internacional da mulher

Negras, brancas ou amarelas. Católicas, judias ou mulçumanas. Jovens ou idosas. Não importa. O 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, simboliza o universo feminino no mundo. E já não se pode mais negar que as conquistas femininas avançaram muito nos últimos anos. As mulheres ao longo do século XX marcaram, de maneira definitiva, os seus rumos para este novo milênio.

Diversos fatores contribuiram para essa realidade. As mudanças nas taxas de fecundidade, nos níveis educacionais e da sua participação no mercado de trabalho sintetizam o novo papel da mulher na sociedade. "As mulheres que vieram depois de 1945 passaram por um "boom" de transformações. A começar pela bomba atômica, pelo pós-guerra. Depois veio a pílula, o movimento feminista, a educação sem limites para os filhos, as drogas, a produção independente, hormônios. O processo de inserção feminino no mercado de trabalho também foi intenso e nada igualitário. Tudo isso nesta minha geração. Passamos por tudo", conta Helena Hoerlle. Aos 87 anos, a socióloga alemã naturalizada brasileira, juntamente com outras milhares de mulheres, sentiu na pele as mudanças que alteraram a situação feminina no mundo.

Quase 150 anos separam o data de hoje do dia em que 129 operárias morreram em uma greve nos EUA, quando a história do Dia Internacional da Mulher teve seu começo. Foi em 8 de março de 1857, que patrões e policiais colocaram fogo na fábrica têxtil onde as mulheres estavam trancadas, após protestarem contra a jornada de trabalho de 16 horas e por melhores salários. No entanto, as primeiras articulações de um movimento feminista começaram logo após a Revolução Francesa. Os principais objetivos eram o direito ao voto e à educação. No Brasil, até 1879, as mulheres eram proibidas de freqüentar cursos de nível superior e, durante boa parte do século 19, só poderiam ter educação fundamental. Mesmo com a legislação que permitia a instrução feminina, as mulheres tinham o acesso dificultado.

Substancialmente, o panorama atual é bastante diferente daquelas décadas atrás. As recentes discussões acerca dos novos papéis da mulher e do homem na sociedade não só representam um enorme passo para a conquista feminina como também abrem espaço para novas configurações de identidades. Com o novo papel da mulher da sociedade, muda também a estrutura familiar. Hoje, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho, acumularam mais anos de estudos, não dependem financeiramente do marido e adiam casamento e filhos. 

E mais: estudiosos e consultores são praticamente unânimes em dizer que o mundo corporativo caminha para valores tidos como mais femininos: importância do relacionamento, trabalho em equipe, uso de motivação e persuasão em vez de ordem e controle, cooperação no lugar de competição. E toda essa teoria parece estar de acordo com as estatísticas sobre o avanço profissional das mulheres, aqui e no mundo todo. 
Os números demonstram, por exemplo, que no caso de donos de empresas, as mulheres representam 17% dos empregadores brasileiros em 1991 e passaram a 22,4 % em 1998, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), feita pelo IBGE. Hoje esse índice pulou para quase 29%. Os avanços são também incontestáveis nos cargos gerenciais e nas profissões liberais, como medicina, direito, arquitetura – com até 300% de aumento, na participação feminina em uma década. As mulheres já são 40% da força de trabalho no país e 24% dos gerentes. 

Não há a menor dúvida de que o século que acabou foi o de maior avanço das mulheres em toda a História da humanidade.  Elas estão conquistando espaço no mundo inteiro, em praticamente todas as atividades.  No Brasil, 20 milhões de mulheres entraram na população economicamente ativa em duas décadas. Todo esse avanço dá a impressão de que o futuro é cor-de-rosa. Porém, por mais que as mulheres tenham entrado de vez no mercado de trabalho e estejam se dando muito bem o preconceito e violência ainda persistem e elas recebem uma remuneração em média cerca de 30% menor do que os homens, conforme a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada em março de 2007, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além de serem responsáveis pela maternidade, e pela ordem da casa, atualmente no Brasil, a maioria das famílias são chefiadas por mulheres, que lutam diariamente, dentro e fora de casa. A sociedade, o Governo, as instituições, ONGs articulam-se para que as conquistas femininas não fiquem apenas no papel, mas que aconteçam de fato como mais uma forma de igualdade e respeito social. 

A liberação sexual
Nos anos 50, o feminismo ganhou um novo aspecto: a construção da identidade feminina e a liberação sexual. Em 1949, a escritora Simone de Beauvoir publicou O Segundo Sexo, que demolia o mito da "natureza feminina" e negava a existência de um "destino biológico feminino". O livro causou impacto imediato e provocou críticas não só dos conservadores - devido principalmente aos capítulos dedicados à sexualidade feminina -, mas também da esquerda.

Um novo impulso chegou nos anos 60, com a criação da pílula anticoncepcional. A revolução sexual acompanhava outros acontecimentos da época, como a guerra do Vietnã e a ascensão do movimento estudantil. Com a chegada da pílula, um dos pretextos para a repressão sexual feminina, a gravidez indesejada, não tinha mais porque existir. Depois de cerca de 40 anos de existência, a pílula é usada por cem milhões de mulheres em todo o mundo.

Outro sinal dos tempos viria em 1964, quando a inglesa Mary Quant escandalizou com uma saia dois palmos acima do joelho. O pedaço de pano de trinta centímetros rapidamente conquistou mulheres de todo o mundo. Em 1971, preenchendo a longa lista de tabus quebrados, a brasileira Leila Diniz apareceu de biquíni em uma praia carioca, exibindo a enorme barriga da gravidez.

Cronologia do Calendário femininoSaiba quais foram as principais conquistas femininas ao longo do tempo
O direito a escolher os próprios governantes mobilizou mulheres de todo o mundo durante boa parte da primeira metade do século 20. No Brasil, essa conquista aconteceu em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. A Nova Zelândia foi o primeiro país a permitir o voto feminino, em 1893. Na França, apesar de "igualdade" estar entre os lemas da Revolução Francesa, a mulher só conseguiu votar a partir de 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial.

1827 - Surgiu a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que freqüentassem as escolas elementares. Instituições de ensino mais adiantado ainda eram proibidas a elas. 1879 - As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.

1914 – A primeira jornalista de que se tem notícia Eugênia Moreira escreve artigos em jornais afirmando que "a mulher será livre somente no dia em que passar a escolher seus representantes”; 

1919 - É construído o primeiro monumento a uma mulher. Tratava-se de um busto, uma homenagem à Clarisse Índio do Brasil, que morreu vítima de violência urbana, no Rio de Janeiro;

1928 - As mulheres conquistam o direito de disputar oficialmente as provas olímpicas. 

1932 - O Governo de Getúlio Vargas promulgou o novo Código Eleitoral pelo Decreto nº 21.076, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras;

1948 - A holandesa Fanny Blankers-Keon, 30 anos, mãe de duas crianças, consagrou-se a grande heroína individual das Olimpíadas, superando todos os homens. Conquistou quatro medalhas de ouro no atletismo;

1962 - O presidente João Goulart sanciona a Lei n° 4.121 que ampliou os direitos da mulher casada no Brasil;

1974 - Izabel Perón torna-se a primeira mulher presidente;

1977 - A escritora Rachel de Queiroz torna-se a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras;

1985 - Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher - DEAM, em São Paulo;

1994 - Roseana Sarney é a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro: o Maranhão. Foi reeleita em 1998.

1997 - As mulheres já ocupam 7% das cadeiras da Câmara dos Deputados; 7,4% do Senado Federal; 6% das prefeituras brasileiras. O índice de vereadoras eleitas aumentou de 5,5%, em 92, para 12%, em 96.

2006 - A aprovação da Lei Maria da Penha (lei número 11.340) que trata de forma diferenciada a questão da violência doméstica e sexual da mulher.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Centenas dançam em São Paulo pelo fim da violência contra a mulher


Campanha 'Um bilhão que se ergue' foi organizada pelas redes sociais.
Iniciativa é parte de movimento global de protestos por igualdade de gênero.


Protesto "Um bilhão que se ergue" faz enorme roda no vão do Masp (Foto: Aline Lamas/G1)
Centenas de pessoas dançaram e cantaram na tarde deste sábado (16) no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, durante a edição paulistana do protesto mundial contra a violência doméstica, chamado de “Um bilhão que se ergue” (One billion rising).

A 1ª edição da campanha na capital pediu pelo fim das agressões contra mulheres e crianças e pela igualdade de gênero. O nome do movimento faz referência ao número de 1 bilhão de mulheres que são maltratadas ou violentadas ao longo da vida, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Tradicionalmente, o evento acontece no dia 14 de fevereiro, quando se comemora o Dia de São Valentim – considerado o dia dos namorados em muitos países. No entanto, em São Paulo, os organizadores adiaram a manifestação para este sábado. “Durante a semana todos trabalham e tem muitos compromissos, então mudamos para o fim de semana”, explica Lenice.
Angélica Kalil, 40, e Tarsila, 5, participam de protesto (Foto: Aline Lamas/G1)Angélica Kalil, 40, e Tarsila, 5, participam de
protesto (Foto: Aline Lamas/G1)
“Escolhemos fazer um protesto com a arte para mostrar que a mulher tem o seu valor. É o corpo da mulher que sofre violência o tempo todo e é com o corpo que a gente se movimenta, que a gente dança. Ele tem que ser valorizado e não violentado”, afirmou a bailarina Jamila Hanan, que foi ao evento com roupas típicas utilizadas em danças indianas e ciganas.

“A violência doméstica muitas vezes está ligada à falta de independência financeira. Por isso é importante que as elas busquem essa liberdade”, acredita a consultora Lênia Luz, que mantém um blog com histórias de mulheres empreendedoras.
Na quinta-feira (14), a campanha levou às ruas milhares de mulheres e homens em diversas partes do mundo, nos continentes asiático, europeu e americano. A campanha foi criada pela ativista Eve Ensler, autora da famosa peça “Monólogos da Vagina” (The Vagina Monologues)

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Violência doméstica faz mais de duas mil vítimas por dia em todo o país

As agressões praticadas pelos maridos aumentam a cada ano. 
Em mais da metade dos casos, as mulheres sofrem tentativa de homicídio.


                Diariamente, mais de duas mil mulheres registram queixa no Brasil contra a violência de seus maridos, namorados e companheiros. Em mais da metade dos casos, elas sofrem tentativa de homicídio. Só no primeiro semestre de 2012, o Disque Denúncia do Governo Federal prestou quase 390 mil atendimentos, quase 100 mil a mais do que no ano anterior.                Esse número pode ser bem maior, já que muitas vítimas não denunciam os agressores. As causas dos espancamentos são variadas e muitas vezes fúteis, mas predomina o ciúme e a não aceitação do fim do relacionamento.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

'Ele cavou uma cova para mim', diz mulher vítima de violência


G1 visitou abrigo onde moram mulheres ameaçadas pelos ex-companheiros.
Elas temem reencontrar os agressores e esperam recomeçar a vida


Ana Cláudia tem pouco menos de 30 anos e passou quase um terço da vida sendo agredida pelo ex-companheiro. Um dia, chegou em casa do trabalho e havia uma cova no quintal. Era uma maneira encontrada pelo ex para intimidá-la.
"[Ele] me ameaçava de morte. Teve um dia que cheguei do serviço e no fundo do meu quintal tinha um terreno e tinha um buraco onde ele ia me enterrar. Várias vezes falou que ia me matar, dar facadas, cortar meu corpo em pedacinho, ia enterrar e que ninguém ia me encontrar. (...) Ele cavou uma cova. (...) No dia que vi aquele buraco, você não tem noção de como fiquei apavorada. Eu só estou viva hoje porque eu procurei ajuda, eu fui na delegacia da mulher e eles me encaminharam para o abrigo, senão eu não estava viva hoje"

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Delegacia de Atendimento Especial à Mulher



A mulher vítima de violência que não tiver condições de contratar advogada ou advogado poderá ir sozinha à Delegacia de Atendimento Especial à Mulher e ao Poder Judiciário?



É recomendável que a mulher esteja acompanha de advogado, público ou particular, para lhe prestar todas as informações jurídicas e específicas para o caso, conforme constam nos artigos 27 e 28 da Lei 11.340/2006. Contudo, a mulher pode comparecer sozinha à delegacia para relatar a ocorrência dos fatos e solicitar as medidas protetivas de urgência pertinentes ao caso descrito. Ressalte-se que as medidas protetivas podem ser pleiteadas diretamente pela mulher também ao juiz, independente de advogado ou defensor, de acordo com o artigo 19, da Lei 11.340/2006.